Em construção contante…

Passo a Passo

A metodologia da Cartografia do Hip-Hop de Nova Iguaçu combina pesquisa de campo, escuta afetiva, entrevistas semi estruturadas e ferramentas digitais de mapeamento, sempre a partir de uma perspectiva territorial, crítica e colaborativa.

1. Escuta e memória oral

A equipe realiza entrevistas com artistas, produtores e articuladores da cultura hip-hop que atuam ou atuaram no município mapeado. Essas conversas são guiadas por roteiros semi estruturados, mas priorizam a escuta livre e respeitosa, valorizando as narrativas pessoais como forma legítima de conhecimento e memória.

2. Cartografia afetiva e territorial

Cada personagem e espaço mapeado é relacionado ao território onde atua. Não se trata apenas de um endereço no mapa, mas de compreender a relação entre o hip-hop e a cidade: os becos, os muros, as praças, as vielas, os estúdios, as escolas e os quilombos urbanos que abrigam essa cultura. Utilizamos referências de cartografia social e educação popular, inspiradas em autores como Paulo Freire, Leda Maria Martins e a noção de tempo espiralar.

3. Tecnologia, arte e colaboração

Todo o processo é registrado em foto, vídeo e texto, e os dados coletados alimentam um mapa interativo hospedado no site do projeto..

Essa metodologia não busca apenas mapear, mas fortalecer redes, despertar memórias e valorizar a potência criativa da periferia como território de produção de conhecimento.

Passo a Passo
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ATENÇÃO ÀS ETAPAS ABAIXO:

ETAPA 1 – CONSTRUÇÃO DO MODELO PILOTO

Desenvolvimento de uma versão beta do projeto na cidade de Nova Iguaçu, que funcionará como modelo metodológico para outras cidades da Baixada Fluminense e do Brasil.

Ações:

  • Definição dos objetivos do projeto;
  • Organização da equipe executora;
  • Criação da estrutura metodológica base.

Resultado esperado: Um modelo de mapeamento replicável, validado em campo e adaptável a diferentes realidades locais.

ETAPA 2 – MAPEAMENTO INICIAL (SELEÇÃO DE PERSONAGENS)

Descrição: Mapeamento inicial de personagens com trajetória relevante no hip-hop local, utilizando o método de “bola de neve” (indicação entre pares).

Ações:

  • Seleção de 5 artistas veteranos e ativos na cena
  • Solicitação para que cada um indique outros 5 nomes de referência
  • Cruzamento dos dados para montar a primeira lista de 30 personagens

Resultado esperado: Lista inicial de personagens com diversidade geracional e representatividade territorial.

ETAPA 3 – ELABORAÇÃO DO ROTEIRO DE ENTREVISTA

Descrição: Criação de um questionário semiestruturado, dividido em blocos temáticos, para capturar múltiplas dimensões da trajetória dos artistas.

Blocos do roteiro:

  1. Identidade e origem
  2. Primeiros contatos com o hip-hop
  3. Política e território
  4. Saberes, educação e informação
  5. Redes, afetos, saúde mental e religiosidade
  6. Futuro, legado e memória
  7. Encerramento (mensagem livre)

Resultado esperado: Instrumento de coleta de dados consistente, que permite análises qualitativas e comparativas entre os entrevistados.

ETAPA 4 – TESTES (ENTREVISTA ALFA E BETA)

Descrição: Testes internos para validar tempo, formato e dinâmica da entrevista.

Ações:

  • Entrevista alfa (com o próprio coordenador do projeto)
  • Entrevistas beta com 3 convidados próximos
  • Ajustes no roteiro e logística

Resultado esperado: Validação do tempo médio (cerca de 1h) e da estrutura ideal para condução das entrevistas.

ETAPA 5 – EXECUÇÃO DAS ENTREVISTAS

Descrição: Agendamento e realização das entrevistas com os 30 personagens selecionados, utilizando equipe multidisciplinar.

Ações:

  • Produção executiva com agendamento prévio (1 semana de antecedência)
  • Recepção e coleta de dados biográficos e materiais de apoio
  • Sessão de fotos profissionais
  • Entrevista gravada em vídeo
  • Registro audiovisual completo da sessão

Equipe envolvida:

  • Coordenação
  • Entrevistador (pesquisador)
  • Fotógrafa
  • Cinegrafista
  • Produtora executiva
  • Produtor de Campo

Resultado esperado: Banco de entrevistas em vídeo e textos sintetizados com base nos blocos temáticos, compondo o perfil de cada personagem.

ETAPA 6 – PUBLICAÇÃO DIGITAL

Descrição: Desenvolvimento de uma plataforma digital para reunir os perfis dos personagens e o mapeamento interativo.

Ações:

  • Criação de site em WordPress
  • Página individual para cada personagem com fotos, texto, vídeo e demais mídias
  • Inclusão de dados em um mapa interativo (pins coloridos por tipo):
    • Amarelo: artistas
    • Preto: instituições
    • Azul: espaços e ações

Resultado esperado: Portal digital vivo e dinâmico, acessível ao público e atualizável mensalmente, com formulário de auto-mapeamento para ampliar a base de dados.

ETAPA 7 – PUBLICAÇÃO IMPRESSA

Descrição: Edição de uma publicação impressa contendo pelo menos 30 personagens e 20 espaços ligados ao hip-hop da cidade mapeada.

Ações:

  • Edição e curadoria dos textos
  • Design gráfico e identidade visual
  • Impressão do material

Resultado esperado: Livro de referência para consulta pública, escolas, bibliotecas e projetos culturais.

ETAPA 8 – AMPLIAÇÃO PARTICIPATIVA

Descrição:
Permitir que o público envie seus dados, criando um modelo participativo e contínuo de mapeamento.

Ações:

  • Disponibilização do formulário no site
  • Divulgação da ferramenta de auto-mapeamento
  • Atualização mensal do mapa com novos dados

Resultado esperado: Crescimento orgânico do banco de dados, com engajamento direto da comunidade hip-hop.

ETAPA 9 – REPLICAÇÃO EM OUTROS MUNICÍPIOS

Descrição: Incentivar a implementação da cartografia em outras cidades, com apoio técnico e compartilhamento da metodologia.

Ações:

  • Compartilhamento do modelo-base
  • Criação de identidade visual própria por cidade (opcional)
  • Possibilidade de publicação local

Resultado esperado: Rede regional de cartografias locais conectadas, gerando uma grande base de dados da Baixada Fluminense e facilitando a incidência política.

ETAPA 10 – ARTICULAÇÃO PARA POLÍTICAS PÚBLICAS

Descrição: Usar os dados do mapeamento para gerar diagnósticos socioculturais que fundamentem propostas de políticas públicas.

Ações:

  • Análise de dados por município e região
  • Relatórios de impacto nas áreas de cultura, segurança, educação, saúde e economia
  • Apresentação aos gestores públicos

Resultado esperado: Reconhecimento institucional do hip-hop como força mobilizadora, formativa e transformadora de territórios periféricos.

Locais Locais

Locais

Os locais da cartografia são espaços simbólicos e de vivência onde o hip hop pulsa e transforma a realidade em Nova Iguaçu.

Atividades Atividades

Atividades

As atividades da cartografia são práticas culturais e educativas que fortalecem o hip hop como ferramenta de expressão e transformação social.