O que é a cartografia?
A Cartografia do Hip Hop de Nova Iguaçu é muito mais do que um simples mapa. É um registro vivo das pessoas, espaços e histórias que constroem o movimento hip hop na cidade.
Cartografar, aqui, é escutar, reconhecer e valorizar os sujeitos que fazem a cultura pulsar nas quebradas. É mostrar onde estão os MCs, DJs, grafiteiros, b.boys, b.girls, educadores e pensadores que transformam arte em ferramenta de resistência, afeto e construção coletiva.
Ao invés de apenas marcar pontos no território, essa cartografia revela trajetórias, memórias e sonhos. Ela conecta o passado com o presente e fortalece redes para o futuro. É uma forma de dizer: “estamos aqui, somos muitos, temos história e temos voz.”
Esse é um mapa afetivo e político, feito com escuta, cuidado e compromisso com a verdade de quem vive o hip hop todos os dias.
Por que fazer uma cartografia do hip hop em Nova Iguaçu?
Porque o hip hop de Nova Iguaçu tem história, tem força, tem gente — mas ainda não tem o reconhecimento que merece. Fazer essa cartografia é romper o silêncio imposto às culturas periféricas e dar visibilidade a quem constrói arte, pensamento e transformação social todos os dias, mesmo diante das dificuldades.
É uma forma de registrar quem são os fazedores e fazedoras da cultura hip hop, quais espaços ocupam, o que constroem e o que sonham. É criar uma memória coletiva para que nossas trajetórias não se percam no tempo nem sejam contadas por outros que não viveram essas lutas.
Nova Iguaçu tem sido berço de MCs, DJs, grafiteiros, b.boys, educadores, articuladores e articuladoras culturais que atuam com pouco apoio e muita criatividade. Essa cartografia nasce para valorizar essas existências, fortalecer redes e inspirar novas gerações.
Mapear é também ocupar. É fazer do conhecimento uma ferramenta de resistência. É mostrar que o hip hop não está à margem — ele está no centro da vida de muita gente.